Cientistas e arqueólogos russos encontraram um crânio bem conservado de um Elasmotherium sibiricum, um mamífero lanoso extinto, batizado de “unicórnio da Sibéria ou rinoceronte-de-chifre-grande”.
Cientistas Russos encontram restos do “último dos unicórnios”
Os restos do animal foram encontrados na região de Pavlodar, no Cazaquistão, parte da Sibéria ocidental, onde as condições para a proliferação desta espécie eram agradáveis. De acordo com os pesquisadores, os vestígios estavam muito bem preservados e a datação por radiocarbono mostrou que eles pertenciam a um animal que morreu há menos de 30.000 anos. Isso significa que o animal pode ter dividido territórios com os humanos – em 2008 foi encontrado um fóssil de humano moderno de 45.000 anos na mesma região, antes, portanto, que o Elasmotherium tivesse sido extinto. Acreditava-se que os últimos exemplares do “unicórnio da Sibéria” foram extintos há 350 mil anos, o que foi descartado após a recente descoberta.
“Provavelmente, essa porção da Sibéria era um tipo de refúgio onde a espécie foi preservada durante anos, em comparação com o restante de seu grupo. Uma outra explicação possível é que ele poderia ter migrado para partes mais ao Sul”, explicou o paleontólogo Andrei Shpansky, um dos autores do estudo, em comunicado.
Esses animais atingiam 2 metros de altura, 4,5 metros de comprimento e pesavam 4 toneladas, parecendo mais um mamute do que um cavalo. Acredita-se que fossem cobertos de lã, já que pertenciam à fauna que vivia na era da glaciação. Também, este animal possuía um chifre longo e grosso em sua testa.